segunda-feira, 10 de março de 2014

AGENTES PENITENCIÁRIOS DE SÃO PAULO ENTRARAM EM GREVE HOJE

    Os funcionários do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Suzano e várias outras unidades peisionais do Estado de São Paulo, entraram em greve na manhã desta segunda-feira (10/03/2014). Segundo o Sindicato dos Agentes Penintenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), apenas 30% do serviços do CDP de Suzano funcionaram nesta segunda. Atividades essenciais como alimentação dos presos, saúde e banho de sol foram mantidos. Porém, cartas, jumbo (alimentos e produtos de higiene que as famílias levam para os detentos), novos presos e também as saídas dos internos para audiências em fóruns não foram permitidos.

Agente penitenciário não concorda com segurança no CDP de Suzano (Foto: Carolina Paes/G1)

    Entre os que participaram de uma manifestação na manhã desta segunda-feira (10), no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Suzano, estava um profissional que atua na área há 22 anos. Por receio, ele prefiriu não se identificar, mas no dia em que a categoria começou uma greve, ele contou como é trabalhar no local.

    O agente está no CDP de Suzano há apenas um ano e meio. Tempo suficiente para presenciar cenas de risco. "A situação pior foi quando cerca de 110 presos fizeram um agente refém. Foram cinco horas e meia de negociação para que ele fosse liberado."

Durante a carreira, o agente passou por centros de detenção como o da Chácara Belém e de Franco da Rocha, além de presídios como a Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, onde trabalhou por cinco anos. Por isso, não teve como evitar um dia estar do outro lado, como 'preso', na mãos de detentos. "O índice de perigo no nosso trabalho é grande independentemente do preso. Já passei apuros e por algumas rebeliões. Já fiquei 12 horas refém e já tirei amigos com arma no pescoço das mãos de presos", diz.

    O diretor do Sindasp, Ednei Costa da Silva afirma que o motivo principal da greve é a falta de correção salarial, além das condições de trabalho e plano de carreira. "A greve é por tempo indeterminado. Queremos sentar para negociar um aumento", diz.

Segundo o sindicato, também ocorreram paralisações na unidade em 2004 e 2006.


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