quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

GOVERNO PAULISTA DIZ AFIRMA QUE FACÇÕES NÃO COMANDAM SUAS UNIDADES PRISIONAIS

SERÁ ? ? ?

SE JÁ DOMINAM QUASE TODAS AS PRISÕES DO PAÍS, OS POLÍTICOS, A JUSTIÇA E AS RUAS, NÃO DOMINARIAM SUAS ORIGENS ? ? ?


Matéia

    A maioria das 158 unidades do sistema prisional paulista é comandada pelo PCC, segundo policiais e promotores ouvidos pela reportagem. A organização criminosa, que tem ramificações em 22 Estados e três países, é quem decide quais presos podem ser assassinados.

Por isso, para cometer um homicídio dentro de uma prisão, um detento precisa da permissão da facção, que antes de dar uma "sentença" realiza os chamados "tribunais do crime". As principais lideranças do grupo estão na penitenciária de Presidente Venceslau, no oeste paulista, de onde comandam as ações da facção dentro e fora das prisões.

Outra hipótese é levantada por analistas para explicar como a explosão da violência é contida nos presídios paulistas. Trata-se do fato de que facções criminosas que fazem oposição ao PCC não representariam hoje grande ameaça à hegemonia do grupo dominante.

De acordo com especialistas, indícios levantados por prisões do país nos últimos anos mostram que a violência nos presídios costuma aumentar quando uma facção nova tenta se estruturar. O processo aconteceu com o próprio PCC na década passada.

Em São Paulo, um grupo novo e ainda pequeno teria surgido com violência em 2013. Fontes ligadas ao sistema penitenciário disseram à BBC Brasil que a facção se chama Cerol Fino e seria integrada por ex-internos da Fundação Casa (instituição que aplica medidas de restrição de liberdade a menores de idade infratores) que ingressaram no sistema prisional.

Autoridades do Estado investigam ao menos seis mortes no sistema carcerário que estariam de alguma forma ligadas a esse grupo. Uma das vítimas, um detento da Penitenciária de Andradina (SP), teria sido decapitada e tido o coração arrancado.

Em 2013, foram registrados 22 homicídios nas prisões paulistas, que abrigam 210 mil detentos. Segundo a SAP, a maioria foi motivada por desavenças pessoais. O governo afirmou em nota que suas forças de segurança "monitoram e vigiam diuturnamente essas facções, sendo, portanto, absolutamente mentirosa a afirmação de que o crime organizado teria domínio nas prisões paulistas".

A SAP afirmou que serão instalados, em 2014, bloqueadores de sinal de telefone celular nos presídios que abrigam presos líderes de facções criminosas. A medida deve abranger 23 unidades, a começar por Presidente Venceslau.

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