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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CRÍTICA REALISTA SOBRE O SISTEMA PRISIONAL DE ''REEDUCAÇÃO'' BRASILEIRO

Por CARLOS DE SOUZA - interino [ fcarlos@terra.com.br

    O problema que estoura num presídio do Maranhão serve de aviso para todos os Estados brasileiros. O sistema prisional brasileiro é um barril de pólvora permanentemente pronto a explodir. A coisa está tão feia que A Organização dos Estados Americanos-OEA pediu ao governo brasileiro a redução imediata da superlotação nas penitenciárias maranhenses e pede a investigação rigorosa dos homicídios ocorridos nos presídios. No ano passado 60 pessoas morreram por lá. 

O Conselho Nacional de Justiça detectou flagrantes violações dos direitos humanos, superlotação de celas e a constatação real de que quem mandam nos presídios são as facções criminosas em frequentes confrontos. Agora lance um olhar panorâmico para o resto dos presídios de todo o país. Esses presídios chamados de “medievais” pelo Ministro da Justiça. Preste bem atenção na situação do presídio de Alcaçuz, esse famoso queijo suíço construído em cima de dunas. Esses troços não foram construídos para recuperar ninguém, gente. São verdadeiras fábricas de criminosos. 


    É hipocrisia achar que jogar um sujeito para mofar nesses antros de insalubridade vai resolver o problema da violência no país. No momento quem dá um tom da conversa é o tráfico de drogas. Essas poderosas indústrias do crime é que comandam de fato os presídios. Uma indústria que gera muito dinheiro e abre as portas para a corrupção. É preciso repensar um modo eficaz de punir criminosos de variados tipos de periculosidade. Não adianta ficar jogando a poeira para debaixo do tapete, como faz a maioria dos governos estaduais. O Governo Federal também precisa criar um projeto nacional que modifique o sistema atual de presídios. Do jeito que está, essa bomba vai explodir sobre a cabeça de todos.

FONTE: TRIBUNA DO NORTE

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