Vistorias completas realizadas nesta terça-feira (21) encontraram pequenas quantidades de drogas, um túnel e objetos proibidos em três unidades penitenciárias do Paraná. A operação “pente fino” foi na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP I) e na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa, feita por agentes do Departamento de Execução Penal, da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, do Batalhão de Operações Policiais Especiais e do Batalhão da Polícia de Guarda, da Polícia Militar do Paraná.
As ações foram desencadeadas simultaneamente nas duas penitenciárias de Piraquara, com “varreduras” na estrutura física, para saber se há problemas em paredes, tetos, camas, janelas e portões, e nas celas em busca de drogas, armamentos e outros objetos proibidos no interior dos estabelecimentos penais.
Na PCE, que é o maior estabelecimento penitenciário do Paraná, com 1.480 vagas e conta hoje com 1.462 presos, e na PEP I, unidade com 680 vagas e onde estão 657 presos, foram encontrados pequenas quantidades de maconha e crack, dois aparelhos celulares, quatro algemas, chaves mixas e estoques, que são materiais cortantes criados pelos presos.
Já na PEPG, unidade com 432 vagas e 432 presos, não houve nenhuma ocorrência. “Tudo estava em perfeito ordem”, informou a direção da unidade.
“As algemas estavam em um buraco próximo a vaso sanitário de uma das celas. Todas foram vistoriadas, passando por uma revista estrutural que tinha como intuito localizar buracos feitos pelos detentos, grades cerradas ou locais que pudessem ser propícios à fuga”, explica o cabo Gilmar Coelho Duarte, auxiliar de comunicação do BPGd. Na PEP I também foi encontrado um túnel, que estava na 7ª galeria do terceiro cubículo. “Acreditamos que o preso passou a noite cavando, cerca de 12 horas, porém não obteve êxito na fuga”, ressalta.
Esta é a segunda “varredura” ocorrida na PEP I em um mês. Dias antes de Natal, logo após mudança na direção do Depen, a unidade passou por uma operação rigorosa dessa natureza.
Conforme o diretor do Depen, Cezinando Paredes, a partir de agora, essas operações de vistoria completa das unidades passarão a ser rotina no sistema penitenciário paranaense. Para ele, “embora sejam pequenas quantidades e poucos objetos encontrados, vamos fazer uma rigorosa investigação para apurar e punir os responsáveis pela entrada desses materiais nas unidades. O mesmo rigor haverá em relação preso”.
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