Corregedor das Varas de Execuções Penais do Tribunal de Justiça, o juiz Alexandre Takaschima é um profundo conhecedor das ações penais que tramitam nos Fóruns e também do perfil carcerário em Santa Catarina. Além de coordenar as inspeções sobre os trabalhos de magistrados da área e de visitar as unidades prisionais, Takaschima se destaca pela frequência de envolvimento a cerca de casos mais complexos envolvendo detentos nos últimos anos, no Estado.
Ele tem atuado como representante da Justiça nos dois lados que atingem o cárcere: o que estabelece a devida pena aos que praticam o crime e também em relação a reclamações e direitos humanos deles próprios e familiares. Foi assim no acompanhamento das denúncias de maus tratos e agressões a presos desde o ano passado, em São Pedro de Alcântara, com a corregedoria nacional do Ministério da Justiça. Este ano, acompanhou o mutirão carcerário do governo federal.
Recentemente, a preocupação do juiz passou a ser de novo a superlotação. Alerta que presos terão de ser liberados para evitar colapso. Na Grande Florianópolis está a situação mais delicada. Ele diz que há mortes acontecendo porque detentos ameaçados estão sendo misturados a outros.
''É histórico o problema que gera com o aumento das prisões em flagrante. Magistrados e promotores vão fazer triagem, ver a relação de presos para a revisão das penas. Infelizmente alguns terão de ser liberados para evitar que o sistema prisional chegue ao colapso. Será feita seleção de vagas, principalmente no litoral. Ficam presos os de maior gravidade, como os crimes hediondos, com violência, roubos. Isso se dá pelo estado de necessidade. Estamos chegando a 18 mil presos e a perspectiva é passar.'' Diz o Juiz
FONTE: DIÁRIO CATARINENSE
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