quinta-feira, 25 de julho de 2013

SECRETARIA DE SAÚDE DE ALAGOAS VISA ACABAR COM O TABAGISMO NO SISTEMA PRISIONAL


    Pesquisas comprovam que o cigarro é muitas vezes a única forma de prazer daqueles que se encontram privados de liberdade. Para qualificar os profissionais de saúde e agentes penitenciárias que atuam no Sistema Prisional Alagoano, visando atuar na conscientização sobre os males do tabaco, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) abordou o tema durante a II Oficina de Promoção à Saúde da Mulher Reeducanda.

    Ministrada pela coordenadora estadual de Combate ao Tabagismo, Vetrúcia Teixeira, a capacitação aconteceu nesta quarta-feira (24), no auditório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), em Maceió, e esclareceu sobre as duas principais dificuldades de enfrentamento do tabaco para esse público específico, que são o transtorno psíquico e a privação da liberdade.

Segundo Vetrúcia Teixeira, trabalhar o tabagismo no sistema prisional é um desafio. “Vamos discutir estratégias para atuar com esse público, a partir dos conhecimentos da Política Nacional de Controle ao Tabaco. Nosso propósito também é tentar implantar essa política nesses locais”, disse.

A coordenadora estadual afirmou que a saída da dependência está no fato de o fumante conhecer a realidade social para se situar dentro do contexto em que vive. Ela alertou também que a responsabilidade sobre o abandono do vício cabe ao fumante. Isso porque, segundo Vetrúcia Teixeira, é ele quem deve fazer a escolha de parar de fumar, recebendo, portanto, o apoio e compreensão que precisa, seja por meio de uma postura de empatia ou através do acolhimento profissional.

“Se o fumante perceber que está sendo explorado por um produto lançado no mercado, identificando que ele adoece e mata as pessoas, logo vai identificar que os efeitos da nicotina, que são estimulantes e relaxantes, não vão afastar a sensação de isolamento e depressão”, esclareceu. Vetrúcia Teixeira acrescentou que o tabagismo é uma doença crônica que faz do fumante um dependente físico, químico e psicológico.

Em Alagoas, cerca de R$ 20 milhões são gastos anualmente para os cuidados das doenças tabacorrelacionadas. A próxima oficina acontece nos dias 13 de agosto e tem como tema central a Sexualidade e Violência.

FONTE: PRIMEIRAEDICAO.COM.BR

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