Agentes penitenciários do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado na BR-174, em Manaus, denunciaram um suposto plano de uma nova rebelião no presídio. Eles reclamam ainda da falta de segurança no trabalho e dizem estar sofrendo ameaças.
No domingo (15), eles cruzaram os braços e protestaram impedindo a entrada dos familiares dos presos na unidade para visitas. "A gente só quer a nossa segurança porque aqui está sem condições. Os caras [detentos] estão ameaçando, a situação está tensa, não tem como trabalhar", disse um dos agentes.
A entrada dos familiares só foi autorizada depois de uma reunião entre os agentes e o diretor do presídio. Na última terça-feira (9), presos se rebelaram 176 conseguiram escapar, na maior fuga da história carcerária do Amazonas.
Por conta dos estragos provocados na estrutura do Ipat, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus) suspendeu as visitas na unidade. Os familiares queriam entregar comida e itens de higiene para os detentos, mas foram impedidos, o que gerou revolta e reclamações. A situação só foi normalizada no fim da manhã do domingo quando o diretor e os agentes entraram em acordo, e os familiares foram autorizados a deixar os itens para os detentos.
Em meio à crise no sistema prisional do estado, o policiamento na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, foi reforçado, segundo funcionários que não quiseram se identificar. Na última quinta-feira (18), os detentos fizeram um motim e incendiaram parte da cadeia, o que não impediu que houvesse visitas normalmente neste domingo.
FONTE: G1
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